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Wednesday, February 15, 2012

PENSANDO NAS APOSTAS PRO BOLÃO

- Hmm, o que será que a Lolinha vai fazer com a grana preta que ganhará no bolão do Oscar?

Gente, vocês não esqueceram do Oscar 2012, né? Será logo no fim de semana depois do carnaval, dia 26 de fevereiro. E, pelamor, não esqueçam do meu tradicional bolão do Oscar. Já há dezenas de pessoas que fizeram suas apostas no bolão não-pago, mas no pago, até agora, muito poucas. Ô gente, como vou ficar rica desse jeito? Tem gente que tá depositando os R$ 15 do bolão pago nas minhas contas -– Banco do Brasil, agência 3653-6, cc 32853-7, ou Santander, agência 3508, cc 010772760 –- mas não me avisa! Por mais que eu me comunique telepaticamente com vocês, não tenho como adivinhar quem vocês são. Por favor, mandem um email com o comprovante de pagamento para lolaescreva@gmail.com
Participem do bolão pago (é só clicar aqui) e também do não-pago! Vamos lá, pessoal! O prazo final pra pagar e fazer as apostas é dia 24/2. Não deixe pra depois do carnaval o que pode fazer hoje!

Friday, February 10, 2012

CRÍTICA: O ARTISTA / Quando Hollywood era muda

E dançava um pouquinho

Até agora, de todos os filmes concorrendo ao Oscar, nenhum parece que vai deixar saudades. Ouso dizer que a comédia de Woody Allen, embora longe de ser uma grande obra, é a mais encantadora. Os outros filmes são meigos, fofinhos, e principalmente saudosos de um tempo que já ficou pra trás, mas duvido que muita gente se lembrará deles em alguns meses. Os Descendentes e O Homem que Mudou o Jogo são bonitinhos. Histórias Cruzadas pelo menos é polêmico. Ainda não vi A Invenção de Hugo Cabret (esse quero ver em 3D), não vou ver Cavalo de Guerra (ordens médicas; posso ter uma convulsão), e estou criando coragem pra ver Árvore da Vida. O Artista, provável futuro vencedor do Oscar 2012, certamente entra nesse patamar de nostálgico e doce. Mas não vai me marcar de jeito nenhum. Sequer me fez chorar, o que, convenhamos, não é difícil.
No começo deu preguiça. Fotografia em preto e branco eu tiro de letra, mas não é simples se adaptar a algo tão datado como gente falando, falando, falando, sem sair nenhum som dos lábios. E as caras e bocas que o francês Jean Dujardin faz no primeiro terço do filme também são limitadas (expressão de bravo, franzindo os olhos, e aí abrindo um sorriso), meio caricato demais. Ou talvez eu que não seja tão nostálgica quanto o filme em si. Sinto muita falta de musicais como Cantando na Chuva, de algumas cenas (mais do que filmes inteiros) de Chaplin; continuo amando obras-primas como Encouraçado Potemkin e Nascimento de uma Nação (apesar de entender que hoje é impossível exibir algo tão abertamente racista, que vangloriza a Ku Klux Klan)... mas adoro um cineminha falado, com narração em off, cheio de palavras.
Muita gente anda comparando Artista com Cantando na Chuva, e de fato há muitas semelhanças (a dura transição do cinema mudo pro cinema falado; a fã que vira estrela), mas Cantando é um clássico inesquecível, algo que Artista não será. Cantando é um musical, um feel good movie que eleva o espírito ou, no mínimo, o bom humor. Não é o caso de Artista, que possui várias cenas sombrias.
Tem um monte de coisa que apreciei. Por exemplo, o cachorrinho. Ele rouba todas as cenas (mas ele desaparece no final ou eu é que perdi alguma coisa?). Ganhou prêmio em Cannes pra melhor animal. Se tivesse um Oscar de Melhor Bicho, quem ganharia este ano, o cavalo de Cavalo de Guerra (confio na sua avaliação) ou o cãozinho de Artista?
Outros pontos positivos são a cena do pesadelo, em que Dujardin imagina tudo fazendo barulho. E o mordomo e chofer fiel feito por James Cromwell (Babe, o Porquinho Atrapalhado, meu recorde de lágrimas de toda a história do cinema) tem ecos de Crepúsculo dos Deuses. Por que é sempre assim? Por que todo mordomo adora seu patrão?
Também é interessante como o filme mostra a passagem do tempo, o que é sempre complicado, ainda mais sem falas ou legendas. Isso eu achava engenhoso como faziam antes, com cenas rápidas e sobrepostas (no caso, a atriz com seu nome cada vez mais alto nos posters). É criativo quando ela tenta se acariciar usando o casaco do astro. Aliás, a personagem dela é forte e decidida, mais que a dele. Adoro a legenda “Brinquedos”, quando ele lhe pergunta quem são os dois rapazes que andam com ela.
Mas uma coisa que me incomodou bastante foi justamente a atriz que faz a atriz. Não me entendam mal: a argentina Bérénice Bejo é linda (na maior parte dos ângulos) e simpática e talentosa e dança bem. Porém, enquanto Dujardin parece um astro daquela época, bem Erroll Flynn, com bigodinho e cabelo engomado, ela não. Ela parece uma atriz do século 21. Do tempo em que as atrizes nunca estiveram tão magras. E magreza estava longe de ser o padrão de beleza nos anos 20/30. Agora acabamos de ter Michelle Williams e seu manequim 36 interpretando a deusa Monroe em Sete Dias com Marilyn (que se passa na década de 50). Michelle afirmou em entrevistas que tentou engordar pro papel, mas só conseguiu ficar com o rosto inchado, daí desistiu e recorreu a roupas com enchimentos. E agora temos Bérénice. Enfim, é chato ver gente tão magrinha em papéis dessas décadas. Nem creio que seja um revisionismo histórico proposital (fingir que o padrão não é construído, e sim natural, já que sempre foi assim). É mais a dificuldade em encontrar hoje em dia atrizes que não sejam magérrimas.
E pensar que pro padrão atual Marilyn Monroe e Debbie Reynolds seriam consideradas acima do peso...
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