Wednesday, March 14, 2012

TRÊS MULHERES GENERAIS DAQUI A 15 ANOS. MASCUS CHIAM

Três mulheres estão entre os formandos do curso que é pré-requisito para a promoção a general no exército brasileiro. É uma turma de médicos, e essas três foram as primeiras da turma. A matéria, muito boa, é raríssima, porque não tem aqueles trechos obrigatórios de “Mas elas são femininas e vaidosas e olha só como são ótimas mães!”, tão frequentes em qualquer reportagem que fale de mulheres em ocupações predominantemente masculinas. Informa a matéria: “O curso não é obrigatório e a seleção, considerada muito difícil, afasta candidatos. Centenas de militares estavam aptos a concorrer às 20 vagas, mas só 42 se inscreveram, e sete passaram — três mulheres”. Daqui a 12 ou 15 anos, talvez elas possam ser as primeiras generais mulheres. Que legal! Ótimo, né?
Ahn, não. Sabe os mascus, aqueles dementes que dizem que, por não escrevermos dezenas de posts diários a favor do alistamento obrigatório para mulheres (e não contra o serviço militar obrigatório pros homens –- posso ser contra o alistamento, obrigatório ou voluntário, para todos os sexos? Posso ser contra o exército, uma das instituições mais patriarcais e hierárquicas que existem?), é porque queremos manter nossos privilégios nessa sociedade b*cetista? Então, espera-se que uma notícia dessas os faça sorrir. Afinal, eles vivem reclamando que mulher não serve as Forças Armadas e que isso é uma tremenda injustiça!
Vejamos alguns comentários num fórum mascu sobre a notícia:

- “Era só o que faltava! Generais de calcinha...”
- “Não me conformo de terem permitido isso, querem o que, afundar o exército brasileiro acabando com uma das poucas entidades viris do Brasil?”
- “Isso vai dar m*rda. Esperem como começara a pipocar na midia, diversos escandalos de estupro nas forças armadas”.

Assim fica meio difícil acompanhar a cartilha mascu. Mulher não fazendo serviço militar? Que horror, sinal de uma sociedade que privilegia o sexo frágil! Mulher fazendo serviço militar? Que horror, vão acabar com uma instituição tão viril-varonil!
Uma boa notícia -- ainda pretendo escrever mais sobre ela -- é que, nos EUA, pela primeira vez, uma entidade de d
ireitos humanos qualificou os mascus americanos (lá chamados de MRAs, ou Men's Rights Activists) como eles realmente são: grupos de ódio.

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