LEIA NA ÍNTEGRA O POEMA ‘OS IMPERSCRUTÁVEIS’ DA OBRA INÉDITA ODE TRISTE PARA AMORES INACABADOS DE AUTORIA DO POETA E COMPOSITOR RIBAMARENSE FERNANDO ATALLAIA.
OS IMPERSCRUTÁVEIS
Um copo de ar já não estar mais vazio, diz um amigo
Mas o ar a luz e a sombra precisam convergir seus mundos
Quando uma lâmpada acende seus paióis na madrugada
Um vagalume sorrir das semelhanças
Nenhuma montanha é mais alta que suas mostardas
Nem o pensamento senhor pleno das ideias
Ambos precisam convergir espaços filtrando seus vazios
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Crepúsculo de Prata: o Ser busca suas insígnias além do comum |
Por trás da pele há mais que fogo e lâminas que fazem peles
Reascender do espírito a certeza das vastas naturezas
Ensina a pedagogia dos caminhos inexplorados
Sangue cortes nas faciais dos amantes combalidos
Água benta jorrando dos prostíbulos aguarda Um sacerdócio
A beleza ali se esconde entre os escombros da ausência
Mas o encanto é tão aparente a ponto de fitar?
Há mais cerne no milho dos pombos do cotidiano
Que na linguística dos técnicos de escolas
Assim a palavra presa roga sua andança
Orgânica e febril
Quebra a aurora rompe a majestade da semântica intacta
Pássaros versáteis são mais amigos dos crepúsculos
E vermelhos altos voam mais
Nenhum destino é feito do agora beijando só presentes
O futuro é antigo e o passado é desenhado novo nos grafites atuais
Reminiscência por hoje só a si basta nos ontens revividos
Pesem em balança de memória as frontes e os dedos
São eles entre eles tão iguais?
Seremos outros serenos muitos para sempre aqui na penumbra do real
Incitando sóis que ainda não nasceram
Imperscrutáveis na clareza do amanhã.
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