Saturday, August 13, 2011

DICAS DE ETIQUETA SEXUAL PRA NÃO FICAR PRA TITIA

Ontem de manhã rolou uma risada coletiva no meu Twitter (e suponho que no de muitas outras pessoas também). Mas risada só porque somos moças sorridentes e de bom humor. Obviamente, bem no fundo do nosso âmago, levamos o guia da revista Nova sobre como ser bem sucedida num relacionamento sexual/amoroso muito a sério. E antes de achar que as dicas são furadas só porque vêm de uma revista feminina (porque mulher, né, convenhamos), saiba que a Nova usou uma fonte realmente confiável e balizada: a opinião masculina! É, ela pegou uma pesquisa respondida por quase 4 mil leitores homens de duas publicações de respeito da Abril, a Playboy e a Men's Health, pesquisa esta infelizmente contaminada por 836 mulheres intrometidas, para chegar a esse guia de etiqueta sexual.Como assim, você pensou que em pleno século 21 a gente não precisaria mais disso? Engano seu, amiguinha! Se você quer ser respeitada e ter a chance de algum dia casar com um mascu, dê-se o respeito!Vou apresentar as dicas, que podem ser chamadas de Os Dezenove Mandamentos. Sugiro levar as datas de etiqueta à risca. Coloque um calendário na parede do seu quarto e vá ticando os dias. Sabe como os presidiários fazem nos filmes? Então.

A linha do tempo para casais recém-formados. 1o encontro: Beijar no rosto e até dar um selinho. Mostrar sua tatuagem.
Como você pode ver, no primeiro encontro não há muito o que fazer. Mas você pode beijar no rosto e “até” dar um selinho no cara (ou ele em você, não ficou claro. Prefira a segunda opção, pra você não parecer tão atirada).Achou que o selinho não será suficiente prum primeiro encontro? Nem tudo está perdido! Você também pode mostrar sua tatuagem! Aqui temos alguns probleminhas, que seria de bom tom se a Nova esclarecesse numa próxima edição. E se (meu caso) você não tiver tatuagem? O que fazer? Dá pra engatar uma longa conversa sobre o clima, desde que se evite duplos sentidos como “Tá tão quente hoje! Tô com um calorão!”?Outro problema grave é: e se a tatuagem estiver num lugar impróprio pra menores? Você mostra do mesmo jeito? Oh deus, são tantas dúvidas! Não é à toa que o primeiro encontro é sempre tão tenso!2o encontro: Beijar na boca. Acariciar zonas erógenas. Masturbar o outro.

Já o segundo encontro é
um convite à perversão! Agora você já pode aposentar o selinho e beijar na boca, masturbar, acariciar... É, mas seja comedida! Se você liberar geral, o sujeito vai conseguir tudo que quer e você perderá um ótimo partido.Sobre acariciar zonas erógenas, desculpe insistir na tatuagem, mas e se você tiver uma tatuagem numa zona erógena? Pode deixar que ele acaricie, ou isso já foi no primeiro encontro e a esta altura ele já se cansou da tatoo?3o encontro: Conversar sobre DSTs como se fosse um assunto qualquer.

O terceiro encontro é uma ducha de água fria. Depo
is de tanta permissividade, o que está reservado no menu é conversar sobre DSTs (não é nem produzir uma DSTezinha, é só falar mesmo!). Desta vez nada de selinho ou mostrar tatuagem ou conversar sobre o tempo. O papo é sério: doenças sexualmente transmissíveis! Mas trate o troço como se fosse um assunto qualquer, pra não quebrar o clima, que tem que ser romântico e sexy. Entre uma e outra taça de vinho, imagino que devemos perguntar: “E gonorreia, você já teve? Passe o pãozinho”. 4o encontro: Comprar camisinha. Transar. Fazer sexo oral. Tomarem banho juntos.

Se houver um quarto encontro, e tudo indica que have
rá, porque a Nova e os leitores de revistas masculinas sabem o que fazem, aí sim é hora de comprar camisinha. É, você leu direito! Sabe essas camisinhas que você carrega na bolsa em caso de emergência? Jogue tudo fora! Imagina o que o cara pode achar vendo que você já tem camisinha?!Agora sim você pode ceder aos incontroláveis desejos sexuais do seu macho. E pode fazer sexo oral! E tomar banho juntinho. Mas uma coisa de cada vez, né, pra não ir com muita sede ao pote.

A partir daí a relação segue seu curso natural do que o Criador previu pra um homem e uma mulher, nessa ordem, que é como está na constituição. Até que o relacionamento atinge um clímax, que é o sexto mês. Agora você pode dizer “Eu te amo”.6 meses: Dizer 'eu amo você'.

A Nova prefere “Eu amo você”
, mas creio que podemos adaptar, tornando a expressão mais coloquial. Quer dizer, pode?! Seria bom se a revista explicasse melhor na próxima edição. Afinal, isso não é como receita culinária, que a gente sempre muda um pouquinho. Um errinho e a gente pode por tudo a perder!6 meses: Conversar sobre sexo anal.

Ah sim, há outras emoções reservadas pro sexto mês: conversar sobre sexo anal. Atente pra palavra conversar, sua afobadinha! Não é fazer! É conversar! Acho que, a partir desse papo cabeça, já dá pra começar a discutir a relação também.Perceba que, ainda que seu homem queira fazer, quer dizer, falar sobre sexo anal antes dos seis meses, ou transar antes do quarto encontro, ou conversar sobre DSTs antes do terceiro, ele só está testando você! Ele faz isso pra verificar se você é marriage material, moça pra casar. Se você deixar que ele avance o sinal, adeus véu e grinalda entrando de braços dados com o paizão na igreja!Mas é um grande erro pensar que, só porque a revista oferece essas dicas recém-resgatadas dos anos 50, ela seja conservadora. Não é! Tanto que, em outra reportagem, ela publica os 29 prazeres que só as mulheres solteiras têm. Infelizmente, quase nenhum desses prazeres envolve sexo.

Aprendemos que o primeiro grande prazer de uma mulher solteira é poder passar o dia no shopping vendo vitrine de sapato com a amiga. Porque depois de casar, já sabe: você passará o resto dos seus dias pilotando um fogão!Pensando bem, diante de uma perspectiva sombria dessas, pra que casar? Rasgue seu guia de etiqueta sexual! No próximo encontro que você tiver, logo de cara, já entre no restaurante jogando camisinhas pro alto e dizendo “Eu te amo” depois da transa aos vinte minutos iniciais. E, só pra garantir, palite os dentes depois. Na frente dele. Assim ele não vai casar com você e você poderá continuar fazendo esses programas gostosos de ver vitrines.

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