Monday, February 27, 2012

OSCAR, TÃO CHATO QUANTO O TOM É LINDO

A cerimônia do Oscar foi muito, muito chata, uma das mais sem emoções que eu me lembre. Quem poderia imaginar que, ok, “sentir falta” do James Franco é um exagero, mas que, digamos, estaríamos falando dele até com certa nostalgia? Billy Crystal esteve tão pouco inspirado na sua nona vez como apresentador que levou alguns tuiteiros a dizerem, maldosamente, que maior que o tempo que a Meryl Streep levou pra ganhar sua terceira estatueta (aleluia!), só mesmo o tempo que Billy fez sua última piada engraçada. Mas a culpa não foi só dele, claro. Os outros apresentadores não receberam um bom material pra trabalhar. Pessoalmente, eu adorei a Emma Stone deslumbrada por estar apresentando, mas o Ben Stiller pareceu sério demais. Mesmo assim, a perfomance da Stone foi muito superior naqueles dois minutos que em duas horas de Histórias Cruzadas.
Houve todas as acrobacias do Cirque du Soleil –- e foi só. Não teve números musicais, o que não sinto falta. Mas foi tudo burocrático, até os discursos. Gostei um pouco da projeção dos mortos em 2011 (tinha um montão de gente que eu nem sabia que tinha morrido!), só que esqueceram de incluir o diretor grego Theo Angelopoulos! Certo, ele morreu em janeiro de 2012, ou seja, só entra no ano que vem, mas não colocaram lá a Whitney Houston, que morreu semana retrasada?
O único momento emocionante da noite, e que me fez vibrar, foi a vitória da Meryl, diva absoluta. Já tinha passado da hora d'ela receber seu terceiro Oscar. Ela não só é a melhor atriz de língua inglesa das últimas não-sei-quantas-décadas como também é simpática e humilde. Todo mundo gosta dela. Que diferença com o início de sua carreira, quando o pessoal satirizava os sotaques que ela fazia! E seu discurso de agradecimento foi pura emoção. Acho que ela realmente esperava perder pra Viola Davis (que já já vai ganhar um Oscar, espero). E tadinha, Meryl afirmou que nunca mais na sua vida estará num palco daqueles. Vai saber... Eu queria muito que ela alcançasse o recorde da Katherine Hepburn, que venceu quatro vezes.
E justiça seja feita: Jean Dujardin, que ganhou melhor ator, também ficou muito entusiasmado. Ele é uma graça. Torço pra que ele tenha outros bons papéis, fora as comédias bestas que ele tá acostumado a fazer.
Aí todo mundo fala das atrizes e tal (pra mim, Penelope Cruz esteve a mais bonita da noite), mas gente, o que foi o Tom Cruise? (e também o Colin Firth). O Tom vai fazer cinquenta anos em julho, e ele parece ter o quê, trinta? Como é que pode? Como disse um tuiteiro americano: “Tom Cruise envelheceu pelo menos três anos nos últimos trinta”.
A distribuição dos prêmios, se a gente pensar bem, até que foi democrática. O Artista foi o grande vencedor da noite, com cinco estatuetas. A Invenção de Hugo Cabret também ficou com cinco, todas técnicas. Dama de Ferro ganhou duas, ambas merecidíssimas (atriz e maquiagem). Histórias Cruzadas, Os Descendentes, Meia Noite em Paris -– todos indicados a melhor filme -– pelo menos levaram um Oscar cada e não saíram com as mãos abanando. Até Os Homens que Não Amavam as Mulheres ganhou um (montagem)! A grande injustiça, a meu ver, foi Árvore da Vida perder fotografia pro Artista.
Sobre o bolão do Oscar, melhor nem falar... Ha ha, voltarei ao assunto quando voltar da faculdade. Parabéns, Alexandra!Meryl conversa com Rooney Mara durante intervalo da cerimônia

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