Foto: Cris Ribeiro |
A senadora Marinor Brito, líder do PSOL no senado federal e uma das prinicipais lideranças da Frente Contra a Criação do Estado de Carajás participou no início da noite desta quarta-feira (07), do Programa jornalístico "Tema Quente", apresentado por Kennedy Alencar, e exibido (ao vivo) para todo país, pela Rede TV, em Brasília (DF).
Para debater com a senadora do PSOL a emissora convidou o deputado estadual João Salame (PPS/PA).
Para debater com a senadora do PSOL a emissora convidou o deputado estadual João Salame (PPS/PA).
Com dois blocos, cada um com cerca de 23 minutos, Marinor Brito apresentou as prinicipais propostas para que os cidadãos e cidadãs paraenses decidam, no próximo domingo (11), contra a divisão do Pará.
No primeiro bloco, Marinor Brito discorreu sobre as perdas que o Pará terá caso a divisão seja concretizada.
- Com a divisão, o Pará vai perder cerca de 83% do território e quase toda a sua riqueza. Nos 17% de área que sobrariam, 64% da população, quase 5 milhões de pessoas, teriam somente metade da receita atual do Estado e aproximadamente 2,7 milhões de pessoas deixariam de fazer parte da população paraense. O Estado do Carajás, por exemplo, levaria 25% das terras paraenses, exatamente onde estão as mais ricas reservas de ferro, cobre, ouro e níquel. Portanto, somos contra a divisão do Pará por saber que com ela, o povo continuará pobre, sem direitos básicos respeitados, na verdade teríamos três estados pobres, disse.
No segundo bloco, a senadora do Pará fez duras críticas ao atual modelo de desenvolvimento que em nada tem beneficiado o povo e tem sido uma das principais causas do sentimento separatista.
- Entra governo e sai governo e nada muda para a vida da população. Isso se deve a um modelo de desenvolvimento centralizador que não permite que o povo decida seus destinos e quais devem ser os investimentos em cada região. O Pará é grande, rico e com um povo lutador e acolhedor, mas seus sucessivos governos pouco fizeram para colocar o nosso povo em primeiro lugar. Por isso, o PSOL reconhece as mazelas existentes no nosso Estado, mas a divisão em nada mudará essa realidade, pelo contrário, teríamos três unidades federativas pobres e brigando entre si, encerrou.
O plebiscito vai ser realizado no próximo domingo (11), em todo o território paraense em processo eleitoral normal, com votação das 08 às 18h00 e todos os eleitores maiores de 18 anos são obrigados a votar.
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