Não vejo um concurso de miss faz muito, muito tempo. Lembro mais das fotos da revista Manchete na década de 80. Ah, e lembro também de uma vez, em meados dos anos 90, em que fui jogar um torneio de xadrez em Concórdia, SC. Enquanto eu e outras participantes saíamos do local dos jogos, à noite, as misses entravam (não me pergunte se era concurso Miss SC
ou Miss Brasil), já muito arrumadas. Elas pareciam todas iguais: brancas, cabelos compridos, magras, altas, longas pernas, um tipo físico que não se parece em nada com o brasileiro. Mas isso eu já sabia, assim como sabia que esperar representatividade e diversificação num concurso de miss ou numa passarela de moda não é realista. O que realmente me chamou a atenção naqueles breves instantes em que duas espécies totalmente diferentes ― eu e as misses ― nos cruzamos na saída do lugar foi como elas estavam pintadas. Nunca vi mulheres tão maquiadas em toda a minha vida. Não dá pra ver na TV quantas camadas de pó vão na cara de alguém pra dar aquele look natural de quem só passou um batomzinho e um rímel à toa. Aquilo não era maquiagem, era uma superprodução.
Essa é a minha maior recordação em matéria de misses, mas cada um tem as suas. Afinal, o Miss Brasil é um concurso que nos acompanha há 57 anos, e que re
siste a qualquer mudança da sociedade. Seu maior charme, imagino, é justamente ser tão conservador, tão careta. Bom, uma pessoa que admiro um monte, a Daiany, professora universitária em Natal, tem outras memórias. Ela viu o Miss Brasil pela TV e redigiu essas interessantes reflexões.
A minha percepção dos concursos de beleza mudou muito ao longo da vida. Mas lembro que, na minha infância, a figura da miss já era anacrônica. E representava a síntese coroada do que havia de m
ais tradicional nos atributos de beleza feminina: juventude, elegância, graça, simpatia, tudo isso ornado com um corpo de simetria orquestrada (90-60-90), cabelos armados e traços harmoniosos ― não raro associados ao fenótipo caucasiano da loura de olhos azuis, está aí Vera Fischer que não me deixa mentir.
Nos anos 1980, a ideia de um bando de moças desfilando de maiô ou pomposos trajes de tafetá, à guisa da aprovação de um júri ― em geral, majoritariamente masculino ― que premiaria a mais bonita com um manto e uma coroa, já era uma coisa vista como cafona e sem sentido. Mas, claro, beleza e juventude nunca caem na cotação do m
ercado. E os concursos deram um jeito de se reciclar. Lembro de ter assistido, quando criança, algumas cerimônias no SBT. Destas, recordo a vitória de Deise Nunes, uma negra linda de cabelo black esvoaçante, ousada quebra de paradigmas, já que há anos vínhamos coroando misses de ascendência europeia, a despeito da grande população negra de nosso país.
Eram os tempos pós-modernos ditando as suas regras de inclusão e diferença. No Brasil, no entanto, a modinha durou pouco, acho. Pelo menos não registrei nada memorável depois da Deise Nunes. E é fato que eu fui fazer coisa melhor da minha vida. Veio a juventude, os livros, os namoros, a maturidade. E, logicamente, a compreensão da desigualdade de gênero. Foi quando me tornei consciente de que ― parafraseando uma frase do filme Pequena Miss Sunshine ― a v
ida é um eterno concurso de beleza, cujos critérios de premiação são ululantes e, sendo assim, jamais haverá justiça possível.
Mas (não escreveria esse texto se não existisse um “mas”), tenho um amigo queridíssimo, inteligentíssimo, e que vale o esforço da tolerância, que após tanto debater comigo sobre possíveis “aspectos positivos” dos tais certames alcançou o meu benefício da dúvida. Foi ele quem me falou que toda uma geração de atrizes hollywodianas (incluindo ganhadoras de Oscar, como a Halle Berry, e eternas indicadas, como a Michelle Pfeiffer) foi cooptada pelo cinema graças a aparições como rainhas da beleza.
Contou também das famosas misses universo indianas, frequentemente escolhidas em função das respostas brilhantes que davam na ‘seção de perguntas’ dos concursos. E suas vitórias possibilitavam bolsas de estudos para que pudessem estudar física quântica ou engenharia nuclear fora de seus países. Ok, admito, não dá para culpar ninguém por ser bonita nem por usar isto a seu favor, conhecendo a dimensão dos obstáculos que alguns contextos oferecem às mulheres. Francamente, concursos são uma droga, mas as misses em si até que podem ser legais ― quem sou eu pra julgar?
Por um tempo, eu me tornei condescendente com os concursos de beleza. Ao ponto de topar assistir e comentar via MSN com esse meu amigo o mais recente Miss Brasil. Pensei que, yey, pode ser divertido. Meio como ir a uma festa de debutantes, tomar
todas e rir das gafes alheias. Bem, começa o concurso. Ok, não dá para dizer que não seja engraçado. As coreografias desarticuladas, os vestidos que parecem papel de bala amassado, o aspecto fake que ganha todo um contorno kitsch no pastiche latino da coisa.
Tudo ia bem, até que, sei lá, a ficha caiu. Aquela sensação de festa estranha com gente esquisita começa a martelar. Primeiro, a estranheza de que os pódios nem sempre são reservados às mais bonitas (ok, critérios subjetivos, mas já explico). Em seguida, o mal estar de identificar que o
palco é também espaço para alfinetadas e comentários deploráveis (como o da apresentadora que sutilmente avisa aos telespectadores que a então miss 2010 precisou perder os 15 kg que ganhou ao longo do seu reinado). Por fim, presenciar o espetáculo trágico de assistir uma coroação (da candidata que, aliás, nem achei a mais bonita, mas me parecia a mais elegante, a que melhor dominava a arte do desfile na passarela) sob um coro de vaias e de xingamentos (‘pela
dona’, diziam).
A ignorância é uma benção, já disse alguém. Para o meu azar, prefiro saber das coisas, cacoete de ex-repórter que não se contenta com cobertura midiática que atribui a execração da ganhadora a uma predileção do público pela segunda colocada (francamente, elas nem eram tão diferentes assim). Depois de fuçar alguns fóruns sobre misses, ler depoimentos de quem esteve no evento, observar documentos pos
tados pelos vários comentadores indignados e trocar ideias com o amigo que me acompanhou nessa jornada, cheguei a algumas constatações e conclusões.
Constatações: o Brasil anda ensaiando uma fábrica de misses, num processo similar ― mas nem de longe tão bem sucedido ― ao da Venezuela. Há uma série de missólogos aptos a orientar as possíveis candidatas, que prometem aperfeiçoar beldades potenciais com aulas de inglês, formação para o palco e aprimoramento da aparência, com dieta e exercícios e plásticas diversas. Os tais também se incumbem de encaixar suas protegidas em concursos nacionais, averiguando se não seria possível construir uma carreira de Miss Brasil encampada numa disputa estadual fora do circuito de seus estados de origem.
Rio Grande do
Sul e Minas Gerais são os atuais pólos formadores de Miss Brasil. Há alguns anos (salvo em 2009), vêm revezando vitórias no concurso nacional, apostando num tipo específico de mulher: a morena tropical, de curvas discretas, nariz aquilino e longos cabelos escuros. E alcançaram alguns avanços significativos, como o segundo lugar da mineira Natália Guimarães no Miss Universo, melhor desempenho de uma brasileira desde 1972.
Comportando-se como verdadeiros doutores Frankenstein, os assessores de misses custeiam do próprio bolso ― ou amealhando parceiros ― as transformações, formação e mesmo a moradia de suas misses. Em troca, elas se tornam aprendizes disciplinadas e dispõem o seu corpo a todas as mudanças requisitadas pelos mentores.
Alvo destes experimentos, a gaúcha Bruna Felisberto já contou seu drama à mídia
nacional. A moça denunciou ter sido levada a realizar uma cirurgia no nariz, na qual perdeu grande parte da cartilagem necessária a uma respiração adequada. Também acusou o seu “guia” de abandoná-la às vésperas do concurso, deixando de acompanhá-la ao Miss Brasil. Ele, ao constatar que seu bibelô estava danificado, parou de investir.
Pois bem, esse senhor, em vez de ter ido para a cadeia ou, pelo menos, ter sido impedido de ferrar com a vida de mais garotas, continua promovendo concursos e cooptando jovens por aí. A sua última protegida, adivinhem, é a atual Miss Brasil. Isso explicaria
parte do coro dos revoltados que a vaiaram (segundo fontes dos fóruns, eram missólogos indignados, não torcedores baianos da segunda colocada).
No entanto, a grande alegação, que resultou nos gritos de ‘peladona’, não foi o reinado controverso do gaúcho na política da carne e queijo (RS e MG), mas o descumprimento da candidata ao item ‘g’ do edital do certame, que exige da miss em questão “nunca ter sido fotografada ou filmada totalmente despida, expondo os seios e partes íntimas”.
Por vias não divulgadas, encontraram uma foto da Miss RS com os seios descobertos. Uma bonita imagem, sutil, com ótima iluminação, na qual ela posa serena, nada vulgar. Ou seja: um protesto equivocado movido por uma grandíssima bobagem, que sequer menciona as desagradáveis intrigas e irregularidades dos bastidores.
Afinal, que regulamento é este que exige das misses uma espécie de postura ‘imaculad
a’ em pleno século XXI? Sem fotos de nu artístico e (pasmem!) com o estado civil obrigatório de solteira? De qual emprego se toleraria, hoje em dia, que a disponibilidade para viagens esteja vinculada ao estado civil? Acordos sexuais e afetivos são de foro íntimo, não é da conta de ninguém com quem uma jovem sexualmente ativa vai se deitar, nem se isso é feito sob contrato civil.
E o direito ao próprio corpo dessas moças, cadê? A exibí-lo e conservá-lo de acordo com os critérios delas (e necessidades vitais, bom lembrar) de saúde e bem estar? Pra piorar, em vez da Miss RS dizer que fez uma linda foto com os seios nus, ela, devidamente orientada, afirmou que não sabe quem tirou a foto, que a foto não foi posada, mas clicada a esmo por um estagiário oportunista. Portanto, “a foto sequer existe”. O equivalente em desculpa à plástica desastrosa de sua ex-miss RS.
De um lado, a hipocrisia de seus agressores; do outro, uma defesa hipócrita. Tudo isso só é possível graças à atmos
fera conservadora e cínica do concurso. Pra fechar o elenco do circo: o organizador do evento fez parte do júri. E, não só: um dos jurados mais influentes é nada mais que um cirurgião plástico, Dr. Robert Rey, personagem de um programa nível açougue de brejeirice sobre as plásticas que realiza na sua clínica em Beverly Hills.
Conclusões: (1) Os concursos de beleza de hoje ampliaram seu escopo do que seja belo, mas seguem praticando a eugenia [nota da Lola: a Jux apontou num ótimo post que não havia nenhuma negra entre as 27 candidatas], confinando mulheres a padrões sujeitos à reprodução e
m série de certos tamanhos de corpos, narizes e cabelos, para que correspondam a um ideal típico de beldade nacional. Por outro lado, ter nascido ‘bela’ tornou-se irrelevante, basta ter potencial para alcançar o padrão e disposição para acatar todas as intervenções cirúrgicas recomendadas pelos missólogos. (2) Pode parecer teoria da conspiração, mas a verdade é que é realmente estranho que as protegidas dos misssólogos influentes, a despeito de sua popularidade, continuem a vencer sucessivas competições nacionais. (3) Os direitos e vontades das misses não são vistos como prioridade em nenhum momento; elas são tratadas como bonecas infláveis de carne e osso, marionetes capazes de se deixar lapidar e ensaiar à exaustão, que servem, provavelmente, à p
rojeção de algum frustrado que seria bem mais feliz, talvez, se promovesse essas transformações em seu próprio corpo. (4) Pelo menos no Brasil, palcos de concursos de beleza são ambientes hipócritas, extremamente hostis às mulheres, onde elas serão, indiscriminadamente, alfinetadas, vaiadas e xingadas, longe de serem respeitadas como as reais protagonistas da festa (o que, ao que parece, realmente não são), e sem que seus detratores sejam advertidos.
Depois de tomar conhecimento de tudo isso, dificilmente verei outro concurso. Meu amigo, que também se diz desapontado, afirma que sabe dessas coisas, mas segue assistindo, “não sabe por que”.
No fim da festa, depois de muitos goles de bebida barata e bolo confeitado,
sinto-me empanturrada pelo glacê amargo de um bolo colorido por fora, mas podre por dentro, recheado com pedaços de corpos descartados e sonhos desvalidos.

Essa é a minha maior recordação em matéria de misses, mas cada um tem as suas. Afinal, o Miss Brasil é um concurso que nos acompanha há 57 anos, e que re

A minha percepção dos concursos de beleza mudou muito ao longo da vida. Mas lembro que, na minha infância, a figura da miss já era anacrônica. E representava a síntese coroada do que havia de m

Nos anos 1980, a ideia de um bando de moças desfilando de maiô ou pomposos trajes de tafetá, à guisa da aprovação de um júri ― em geral, majoritariamente masculino ― que premiaria a mais bonita com um manto e uma coroa, já era uma coisa vista como cafona e sem sentido. Mas, claro, beleza e juventude nunca caem na cotação do m

Eram os tempos pós-modernos ditando as suas regras de inclusão e diferença. No Brasil, no entanto, a modinha durou pouco, acho. Pelo menos não registrei nada memorável depois da Deise Nunes. E é fato que eu fui fazer coisa melhor da minha vida. Veio a juventude, os livros, os namoros, a maturidade. E, logicamente, a compreensão da desigualdade de gênero. Foi quando me tornei consciente de que ― parafraseando uma frase do filme Pequena Miss Sunshine ― a v

Mas (não escreveria esse texto se não existisse um “mas”), tenho um amigo queridíssimo, inteligentíssimo, e que vale o esforço da tolerância, que após tanto debater comigo sobre possíveis “aspectos positivos” dos tais certames alcançou o meu benefício da dúvida. Foi ele quem me falou que toda uma geração de atrizes hollywodianas (incluindo ganhadoras de Oscar, como a Halle Berry, e eternas indicadas, como a Michelle Pfeiffer) foi cooptada pelo cinema graças a aparições como rainhas da beleza.

Contou também das famosas misses universo indianas, frequentemente escolhidas em função das respostas brilhantes que davam na ‘seção de perguntas’ dos concursos. E suas vitórias possibilitavam bolsas de estudos para que pudessem estudar física quântica ou engenharia nuclear fora de seus países. Ok, admito, não dá para culpar ninguém por ser bonita nem por usar isto a seu favor, conhecendo a dimensão dos obstáculos que alguns contextos oferecem às mulheres. Francamente, concursos são uma droga, mas as misses em si até que podem ser legais ― quem sou eu pra julgar?
Por um tempo, eu me tornei condescendente com os concursos de beleza. Ao ponto de topar assistir e comentar via MSN com esse meu amigo o mais recente Miss Brasil. Pensei que, yey, pode ser divertido. Meio como ir a uma festa de debutantes, tomar

Tudo ia bem, até que, sei lá, a ficha caiu. Aquela sensação de festa estranha com gente esquisita começa a martelar. Primeiro, a estranheza de que os pódios nem sempre são reservados às mais bonitas (ok, critérios subjetivos, mas já explico). Em seguida, o mal estar de identificar que o


A ignorância é uma benção, já disse alguém. Para o meu azar, prefiro saber das coisas, cacoete de ex-repórter que não se contenta com cobertura midiática que atribui a execração da ganhadora a uma predileção do público pela segunda colocada (francamente, elas nem eram tão diferentes assim). Depois de fuçar alguns fóruns sobre misses, ler depoimentos de quem esteve no evento, observar documentos pos

Constatações: o Brasil anda ensaiando uma fábrica de misses, num processo similar ― mas nem de longe tão bem sucedido ― ao da Venezuela. Há uma série de missólogos aptos a orientar as possíveis candidatas, que prometem aperfeiçoar beldades potenciais com aulas de inglês, formação para o palco e aprimoramento da aparência, com dieta e exercícios e plásticas diversas. Os tais também se incumbem de encaixar suas protegidas em concursos nacionais, averiguando se não seria possível construir uma carreira de Miss Brasil encampada numa disputa estadual fora do circuito de seus estados de origem.
Rio Grande do

Comportando-se como verdadeiros doutores Frankenstein, os assessores de misses custeiam do próprio bolso ― ou amealhando parceiros ― as transformações, formação e mesmo a moradia de suas misses. Em troca, elas se tornam aprendizes disciplinadas e dispõem o seu corpo a todas as mudanças requisitadas pelos mentores.
Alvo destes experimentos, a gaúcha Bruna Felisberto já contou seu drama à mídia

Pois bem, esse senhor, em vez de ter ido para a cadeia ou, pelo menos, ter sido impedido de ferrar com a vida de mais garotas, continua promovendo concursos e cooptando jovens por aí. A sua última protegida, adivinhem, é a atual Miss Brasil. Isso explicaria

No entanto, a grande alegação, que resultou nos gritos de ‘peladona’, não foi o reinado controverso do gaúcho na política da carne e queijo (RS e MG), mas o descumprimento da candidata ao item ‘g’ do edital do certame, que exige da miss em questão “nunca ter sido fotografada ou filmada totalmente despida, expondo os seios e partes íntimas”.
Por vias não divulgadas, encontraram uma foto da Miss RS com os seios descobertos. Uma bonita imagem, sutil, com ótima iluminação, na qual ela posa serena, nada vulgar. Ou seja: um protesto equivocado movido por uma grandíssima bobagem, que sequer menciona as desagradáveis intrigas e irregularidades dos bastidores.
Afinal, que regulamento é este que exige das misses uma espécie de postura ‘imaculad

E o direito ao próprio corpo dessas moças, cadê? A exibí-lo e conservá-lo de acordo com os critérios delas (e necessidades vitais, bom lembrar) de saúde e bem estar? Pra piorar, em vez da Miss RS dizer que fez uma linda foto com os seios nus, ela, devidamente orientada, afirmou que não sabe quem tirou a foto, que a foto não foi posada, mas clicada a esmo por um estagiário oportunista. Portanto, “a foto sequer existe”. O equivalente em desculpa à plástica desastrosa de sua ex-miss RS.
De um lado, a hipocrisia de seus agressores; do outro, uma defesa hipócrita. Tudo isso só é possível graças à atmos

Conclusões: (1) Os concursos de beleza de hoje ampliaram seu escopo do que seja belo, mas seguem praticando a eugenia [nota da Lola: a Jux apontou num ótimo post que não havia nenhuma negra entre as 27 candidatas], confinando mulheres a padrões sujeitos à reprodução e


Depois de tomar conhecimento de tudo isso, dificilmente verei outro concurso. Meu amigo, que também se diz desapontado, afirma que sabe dessas coisas, mas segue assistindo, “não sabe por que”.
No fim da festa, depois de muitos goles de bebida barata e bolo confeitado,

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