

Mas DiVasca trabalha com desenho e, como um dos seus sábios clientes em (im)potencial lhe disse, “Eu sou advogado e sei o quanto vale o dinheiro, não se pode cobrar isso por alguns desenhos”. DiVasca conta suas agruras como ilustrador e designer, e olha, este deve ser o segundo
melhor blog de humor que conheço (os blogs mascus, desculpe, ainda são os que me provocam mais gargalhadas). Ele não só desenha divinamente, como escreve muito bem. Tanto que eu tava lá na faculdade vazia (servidores em greve, colegas ainda de férias ― as aulas começam amanhã!) e comecei a rir muito alto, e não consegui fazer quase nada do que fui fazer. Tem tanto post hilário, começando por este, “Eles podem te chamar pra uns freelas”, em que um senhor lhe pede um desenho de bebê pro chá do seu neto. É sempre triste ver um homem crescido gritar “Desenho completo, Chirrin!” pra tela do seu computador, mas ele mereceu.
Este cliente também é uma beleza. Todo mundo já conheceu um, né? Aquele que explorou outro e agora quer
explorar você. Assim, ele diz pro Di: “to te mandando um rascunho que um menino fez, só que não terminou porque eu achei muito caro. Dá pra fazer em cima desse mesmo, cara? ahh e faz baratinho pra mim porque é super simples”.
Mas quando uma mulher pede pro nosso ilustrador fazer sete caricaturas pra uma nova editora em troca de “trabalhos futuros”, e ele diz: “Cecilia, você é impressionante”, e ela responde: “Obrigada, fofo”, aí eu já desconfio. Sei que tem muita gente sem nenhum simancol, mas tanto assim? DiVasca tenta esclarecer: “Eu faço um trabalho gratuitamente pra você e como pagamento me promete mais trabalhos gratuitos?”.
No post seguinte que li no blog minha inveja do Di chegou a níveis absurdos. Gente,
por que eu não sei desenhar? Imagina o charme que é poder sacanear seus amigos, colegas e trolls com um infográfico! “Por que o Ribeiro chamou Paulo José a sua sala” é um clássico. Este é um post em cinco partes, que vai ficando cada vez mais surreal e engraçado. Não vou negar que a fixação do ilustrador com pir*cas e ânus não seja um tanto quanto homofóbica, mas não tenho como ficar brava com alguém que escreve “Super pir*ca mega blaster destroyer anal massacre 5.000 of death”. Imagina como deve ser ótimo você fazer um desenho do tipo “O que Di Vasca acha de Paulo José?”, um colega de escritório. Mas nada é mais engraçado do que quando a pobre vítima, Paulo José, envia seu próprio desenho por email pra todo o departamento. E ele recebe
mensagens de volta do tipo “Vc num devia desenhar não”. Eu ri muito alto no “Aquilo é uma pá?”, e na descrição da moça que mandou aquele infográfico pro cliente sem ver. A parte seguinte é um email do chefe da agência. O assunto? “Perdemos uma conta”. Impagável. Ah, toda essa gandaia me lembrou tanto do meu tempo de redatora em agência de propaganda! Pena que não havia internet.
Di Viasca também tem uma resposta à altura pra quem pede um trabalho “pra ontem” (se bem que, como a Bianca ensinou, basta cobrar uma “taxa de urgência” que o cliente desiste da urgência na hora).
Este post “Um linkbuilding mútuo”, além de excelente, serve pra todas as vezes em que alguém nos pede um favor em troca de muitos co
ntatos. Di responde a um rapaz: “Não me entenda mal, não é que eu não quero fazer o trabalho de graça pra você (estou com muita vontade mesmo) [...]. Concordo que o linkbuiding é bem melhor que dinheiro, mas acontece que eu tive uma experiência bem esquisita ao tentar adquirir uma geladeira dessa forma”. E lá vai ele relatar o chat com a atendente de telemarketing.
E o cartão de visitas que ele faz pra uma cliente? E a resposta à clássica pergunta (só o valor muda ao longo dos tempos) “O que podemos fazer com
R$ 100?”.
Tem também este de uma ex-colega da facul que pede pra ele fazer a ilustração de despedida pro gatinho. Envolve um pouquinho de crueldade ilustrativa com o bichano, mas como não é real, não me ofendeu nem me alarmou. Eu acho o máximo como a colega no início pede um favor mega-fófis e sua linguagem vai se modificando. De repente ela tá falando palavrão. Olha, é ver pra crer, e pra chorar de rir. Depois vi nos comentários que o post é inspirado neste excelente post de um ilustrador australiano qu
e mora nos EUA e já tem livro publicado e tal. Mas achei o do Di melhor por causa dessas modificações da linguagem da moça. Ela vira uma personagem mais real (olha eu começando a fazer crítica literária com uma troca de emails!).
Aliás, isso de criar um post escrevendo e respondendo emails parece muito promissor. Tentarei fazer algum dia. Nem preciso saber desenhar!
Bom, agora que já ajudei a divulgar o incrível blog do Di, não espero nada menos que ele faça uma total reformulação visual do meu bloguinho. Se ele topar, eu até indico ele no Twitter. Tenho muitos contatos, sabe? Uma oportunidade de ouro!

Este cliente também é uma beleza. Todo mundo já conheceu um, né? Aquele que explorou outro e agora quer

Mas quando uma mulher pede pro nosso ilustrador fazer sete caricaturas pra uma nova editora em troca de “trabalhos futuros”, e ele diz: “Cecilia, você é impressionante”, e ela responde: “Obrigada, fofo”, aí eu já desconfio. Sei que tem muita gente sem nenhum simancol, mas tanto assim? DiVasca tenta esclarecer: “Eu faço um trabalho gratuitamente pra você e como pagamento me promete mais trabalhos gratuitos?”.
No post seguinte que li no blog minha inveja do Di chegou a níveis absurdos. Gente,


Di Viasca também tem uma resposta à altura pra quem pede um trabalho “pra ontem” (se bem que, como a Bianca ensinou, basta cobrar uma “taxa de urgência” que o cliente desiste da urgência na hora).
Este post “Um linkbuilding mútuo”, além de excelente, serve pra todas as vezes em que alguém nos pede um favor em troca de muitos co

E o cartão de visitas que ele faz pra uma cliente? E a resposta à clássica pergunta (só o valor muda ao longo dos tempos) “O que podemos fazer com

Tem também este de uma ex-colega da facul que pede pra ele fazer a ilustração de despedida pro gatinho. Envolve um pouquinho de crueldade ilustrativa com o bichano, mas como não é real, não me ofendeu nem me alarmou. Eu acho o máximo como a colega no início pede um favor mega-fófis e sua linguagem vai se modificando. De repente ela tá falando palavrão. Olha, é ver pra crer, e pra chorar de rir. Depois vi nos comentários que o post é inspirado neste excelente post de um ilustrador australiano qu

Aliás, isso de criar um post escrevendo e respondendo emails parece muito promissor. Tentarei fazer algum dia. Nem preciso saber desenhar!
Bom, agora que já ajudei a divulgar o incrível blog do Di, não espero nada menos que ele faça uma total reformulação visual do meu bloguinho. Se ele topar, eu até indico ele no Twitter. Tenho muitos contatos, sabe? Uma oportunidade de ouro!
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