

Mas de vez em quando ela explicava alguma lição. Por exemplo, na semana que antecedeu o 7 de Setembro, ela decidiu lecionar um pouco de História: “Os portugueses chegaram aqui e não tinha ninguém, então eles ficaram com o Brasil. Não é que eles tiraram de alguém. Eles acharam. Sabe como quando a gente acha alguma coisa perdida na rua e fica com ela? Foi assim”. 
Um aluninho levantou a mão e perguntou: “Mas professora, e os índios?”. Ela não gostou e o mandou ficar quieto. Em seguida ela lamentou a proclamação da independência, porque bom mesmo era ser colônia de europeus. Eu quase entrei em estado de choque.
Essa senhora era outra que podia fazer revisionismos históricos e escrever guias politicamente incorretos do Brasil e da América Latina pros leitores da Veja. Sabe, pra salvar nossas crianças indefesas das garras dos professores comunas. Ia fazer o maior sucesso.

Um aluninho levantou a mão e perguntou: “Mas professora, e os índios?”. Ela não gostou e o mandou ficar quieto. Em seguida ela lamentou a proclamação da independência, porque bom mesmo era ser colônia de europeus. Eu quase entrei em estado de choque.
Essa senhora era outra que podia fazer revisionismos históricos e escrever guias politicamente incorretos do Brasil e da América Latina pros leitores da Veja. Sabe, pra salvar nossas crianças indefesas das garras dos professores comunas. Ia fazer o maior sucesso.
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