Tropa de Elite 2 foi escolhido para representar o Brasil no Oscar do ano que vem. Isso não significa grande coisa: cada país submete apenas uma produção para concorrer a Mel
hor Filme Estrangeiro, e depois uma comissão da Academia seleciona cinco candidatos entre vários países. Infelizmente, o Brasil não entra na dança desde 1999, quando Central do Brasil concorreu. Quase entrou com O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, mas não. E enquanto a gente não consegue nem ser pré-selecionado, nossos hermanos e maiores rivais já colecionam duas estatuetas de Filme Estrangeiro (A História Oficial, em 1985, e O Segredo dos seus Olhos, ano passado).
Não há dúvida que Tropa de Elite 2 era o melhor que o comitê brasileiro podia escolher. Se tivesse preferido o co
ncorrente famoso, Bruna Surfistinha, ficaria de fora da seleção do Oscar com certeza absoluta. Não sei se Tropa 2 faz o perfil da Academia. Na categoria de Estrangeiro, é impressionante o número de produções que tenham crianças como protagonistas, ou que se passem em tempos de guerra. Tramas violentas demais, no entanto, costumam ser renegadas. Mas acho que o que pesa mais contra Tropa 2 é o 2 do título.
Por mais que ele seja superior ao primeiro Tropa (que representa uma visão meio fascista, impossível de agradar aos membros da Academia, mais liberais), não é comum que concorram sequências. Torço para estar enganada, até porque gosto muito de Tropa 2 (e do 1 também). Uma mera indicação faria com que ele fosse mais visto no cenário internacional (por enquanto, os dois Tropas ― embora um sucesso absoluto por aqui ― não engataram em outros países). O Oscar, goste-se ou não dele, continua sendo uma grande vitrine.

Não há dúvida que Tropa de Elite 2 era o melhor que o comitê brasileiro podia escolher. Se tivesse preferido o co


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