
Apenas 47% dos universitários brasileiros se forma em quatro anos. A evasão é de quase 21%, 25% na rede particular, e 11% na pública. Cada aluno custa em média R$ 15 mil por ano à universidade pública, e 9 mil à privada. Com a evasão, e perda chega a R$ 9 bilhões. A meta brasileira era chegar a 2010 com 30% dos jovens nas universidades. Nisso o governo falhou feio e ainda está muito longe de alcançar. Mesmo com o Pró-Uni e as cotas, este número ainda está em 13%. Apenas 10% dos brasileiros tem curso superior completo. 
Mas sabe qual estatística achei incrível? Esta: em 1940 só 4,6% dos americanos tinha diploma universitário. Hoje você deve achar que são uns 70%, não? Nananinanão: só 27,5%. Muito mais alto que os nossos 10%, lógico, mas muito longe da maioria. Em outros países ricos a média é de 26%. E olha que em países ricos que não os EUA (onde todos têm que pagar, e caro, pra estudar), o acesso à universidade é bem garantido. Ou seja, tem muita gente que pode estudar, e não quer. E tem americano que, se quiser seguir pro ensino superior e ter chance de ter uma vida superior a de seus pais, só servindo ao exército e indo lutar em alguma guerra (no momento, a do Iraque). Se a pessoa sobrevive, o governo paga a universidade depois.
E, pra terminar, porque este post será bem curtinho mesmo, eu fico pasma com a ambiguidade de muita gente. Mandar o filho pra universidade, ter um diploma universitário, é motivo de orgulho pra boa parte das famílias, certo? Certo. Mas mesmo assim existe um anti-academicismo enorme. Acompanhei nos comentários do UOL sobre o calendário das jogadoras de f
utebol um pessoal revoltado com o fato de haver professores universitários de Filosofia, Literatura e Psicologia. Ok, a revolta era mais com que houvesse "especialistas" (e, de fato, ninguém vira especialista em calendário), mas o consenso era que em universidades só se ensinam coisas absolutamente inúteis (útil deve ser apenas Engenharia e Medicina) e que professor universitário é tudo comuna que, quando não fazendo lavagem cerebral em seus pobres aluninhos, fica trancado em suas salas, longe do convívio humano e da realidade.
E então, pessoal? Decidam-se: é bom estudar ou é bom não estudar? Ou só é "aceitável" estudar certas áreas? Ou tudo bem ter um diploma superior, mas isso de continuar estudando e tornar-se mestre e doutor já é demais porque, né, quem precisa de um do
utor? Sei bem que este é um discurso da direita e que, se dependesse dos reaças, não existiria universidade pública (outro dia li um comentário em algum fórum dizendo que o erro dos militares golpistas em 64 foi não ter fechado todas as universidades públicas, aquele antro de terroristas). Mas o anti-academicismo também é grande entre a esquerda. Eu fico confusa. Iluminem-me, por favor.

Mas sabe qual estatística achei incrível? Esta: em 1940 só 4,6% dos americanos tinha diploma universitário. Hoje você deve achar que são uns 70%, não? Nananinanão: só 27,5%. Muito mais alto que os nossos 10%, lógico, mas muito longe da maioria. Em outros países ricos a média é de 26%. E olha que em países ricos que não os EUA (onde todos têm que pagar, e caro, pra estudar), o acesso à universidade é bem garantido. Ou seja, tem muita gente que pode estudar, e não quer. E tem americano que, se quiser seguir pro ensino superior e ter chance de ter uma vida superior a de seus pais, só servindo ao exército e indo lutar em alguma guerra (no momento, a do Iraque). Se a pessoa sobrevive, o governo paga a universidade depois.
E, pra terminar, porque este post será bem curtinho mesmo, eu fico pasma com a ambiguidade de muita gente. Mandar o filho pra universidade, ter um diploma universitário, é motivo de orgulho pra boa parte das famílias, certo? Certo. Mas mesmo assim existe um anti-academicismo enorme. Acompanhei nos comentários do UOL sobre o calendário das jogadoras de f

E então, pessoal? Decidam-se: é bom estudar ou é bom não estudar? Ou só é "aceitável" estudar certas áreas? Ou tudo bem ter um diploma superior, mas isso de continuar estudando e tornar-se mestre e doutor já é demais porque, né, quem precisa de um do

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