Ontem falei pro maridão que perdi minha fé na humanidade esta semana, ao ver no Twitter tanta gente concordar com um texto completamente homofóbico de um babaca que tem uma coluna esportiva. E ao ver pessoas no centro de SP sendo hostis com dois carinhas que estavam de mãos dadas, como foi mostrado no Conexão Repórter. E ao constatar que ta
nta gente continua sendo contra o desarmamento e a favor da pena de morte. E ao ver o nível dos comentários no UOL para as críticas ao calendário das jogadoras do Santos. Porque na minha vida real eu interajo com gente boa e inteligente. No blog @s comentaristas (tirando os trolls) são super especiais. No Twitter eu só falo com gente ótima. Por isso, é muito fácil eu me iludir pensando que a maior parte do mundo é evoluída e com bem poucos preconceitos. Aí numa semana difícil dessas eu tenho uma queda brusca na realidade, e vejo que as pessoas com quem convivo é que são exceção. E por isso eu disse pro maridão (que perdeu a fé na humanidade anos atrás, quando roubaram meus chinelos na praia enquanto eu e ele namorávamos na água):
- Puxa, amor, eu queria tanto mudar...
[Ele, interrompendo:] - Mudar pra uma ilha deserta?
- Não, lindão, eu queria que as pessoas mudassem...
[Interrompendo de novo:] - Mudassem pra uma ilha deserta? Vai precisar de uma ilha bem grande!
- Não, amor, eu sou idealista. Eu só queria que elas mudassem de mentalidade. Será que é impossível mesmo? Tipo, e se as TVs fizessem campanha pra combater os preconceitos, pra ensinar o pessoal a ser cortês, a não jogar lixo na rua, a não ouvir música no último volume, a dirigir com respeit
o?
- Mas aí tinha que ser uma campanha permanente. E a ideia não podia partir de um secretário, tinha que partir do prefeito ou do governador mesmo! Iam ter que investir pesado!
- Que investir? Eu tava pensando que os donos das TVs podiam fazer campanhas desse jeito por conta própria!
[Maridão ri alto, me achando A Ingênua. Chuif].

- Puxa, amor, eu queria tanto mudar...

[Ele, interrompendo:] - Mudar pra uma ilha deserta?
- Não, lindão, eu queria que as pessoas mudassem...
[Interrompendo de novo:] - Mudassem pra uma ilha deserta? Vai precisar de uma ilha bem grande!
- Não, amor, eu sou idealista. Eu só queria que elas mudassem de mentalidade. Será que é impossível mesmo? Tipo, e se as TVs fizessem campanha pra combater os preconceitos, pra ensinar o pessoal a ser cortês, a não jogar lixo na rua, a não ouvir música no último volume, a dirigir com respeit

- Mas aí tinha que ser uma campanha permanente. E a ideia não podia partir de um secretário, tinha que partir do prefeito ou do governador mesmo! Iam ter que investir pesado!
- Que investir? Eu tava pensando que os donos das TVs podiam fazer campanhas desse jeito por conta própria!
[Maridão ri alto, me achando A Ingênua. Chuif].
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