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ÍNDIOS DE VERDADE NO CINEMA
Vi um documentário muito bonito esses dias: Reel Injun, que faz trocadilho entre as palavras reel (bobina de filme) e real. Já Injun é como Indian é pronunciado por cowboys não muito espertos.
Ou seja, Índio de Filme. O doc explica como o índio foi retratado por Hollywood, desde o começo do cinema até hoje. Fiquei com a impressão que eles receberam um tratamento um tiquinho mais digno que negros, gays, mulheres e muçulmanos. Tem aquilo que qualquer pessoa de bom senso já desconfiava ― que John Wayne e a ideologia por trás dele prestaram um enorme desserviço aos Native Americans. Mas há uma discussão boa sobre Dança com Lobos (filme que eu particularmente adoro). Certo, o protagonista é um homem branco. Mas os índios saem bem na fita. E o épico que deu o Oscar a Kevin Costner ressuscitou um gênero que foi praticamente extinto nos anos 80. Hoje, afirma o doc, esse nicho do cinema passa por uma Renascença Índia, com várias produções feitas por índios de verdade, e não mais por caras-pálidas falando por eles. Dê uma olhada no trailer (sem legendas) e me conte: você tem alguma impressão dos Native America
ns (melhor nem falar dos nossos índios) que não seja uma visão passada pela sétima arte? Porque eu não tenho. E aí me lembro do comecinho de South Park, o filme, em que os meninos vão ao cinema ver uma produção canadense que repete aquela musiquinha que nunca mais vai sair da sua cabeça. E, no caminho, eles cantam: "Vamos ao cinema aprender tudo o que sabemos / porque os filmes vão competar a nossa vida". Eu me sinto assim.
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