Feliz páscoa, gente! Pra mim a páscoa começa na quinta e vai até domingo, no mínimo, ou até quando durar o chocolate. Desta vez espero que vá longe. Eu fiz um belo pavê anteontem, como você pode ver nas fotos. Já é o terceiro que faço desde que
eu e o maridão, dengosos, estivemos no hospital pra fazer um dos cinquenta exames de sangue, e o maridão disse que sentia saudades de comer pavê (lógico que ele também disse que não podia mais comer pavê, que comia quando era criança, que a irmã mais velha fazia pra ele, e todo esse tipo de chororô que o maridão desfere contra meus pobres ouvidos). Eu sabia que ia ter que esperar um pouco até que meu fígado se recuperasse. Mas pavê é muito bom, fácil e barato de fazer (deve custar uns dez reais no total). Não me conformo porque outro dia vi uma receita num jornal, e ela mencionava raspas de limão, ovos, bater claras em neve e sei lá que outra frescura. Qualquer receita que inclua separar gema da clara, e aí ainda por cima bater as claras, é um martírio pra mim (e aquelas que dizem pra gente usar apenas as claras? Fico revoltada!). Então não, o meu pavê é a coisa mais simples do mundo. Vai uns dois pacotes de biscoito
maisena (sei que o tradicional é com biscoito champanhe, mas a gente não encontrou no supermercado, e biscoito maisena é muito mais barato. E, por incrível que pareça, biscoito maisena de chocolate é mais barato que o de maisena comum, o que me faz evitar pensar no tipo de chocolate que colocam no tal biscoito, e não venha me dizer que maisena é com z, porque o meu computador, que não corrige absolutamente nada, corrigiu o z pelo s automaticamente, e eu procurei no Santo Google e só o da marca registrada é com z, o que obviamente não é o caso do biscoito hiper baratinho que a gente compra. A foto aí é do pavê visto de baixo). Ahn, voltando: além do biscoito, vai uma lata de leite condensado, uns 400 ml de creme de leite, e dois chocolates meio amargos. Pronto. Acabou. Ok, também um pouco de leite pra molhar os biscoitos antes de colocá-los na forma, em camadas. Mas acho leite condensado doce demais, e por isso decidi misturar duas colheres de café em pó dentro da latinha. Que
bra um pouco o sabor enjoativo que só você, brasileir@-formigão, aprecia, e fica muito mais gostoso. Nos primeiros dois pavês eu ainda tinha um pouquinho de baunilha, mas acabou e este ficou sem, e lamento dizer que eu não conseguiria distinguir um pavê com e sem algumas gotinhas de baunilha. Eu gostaria de ter algum tipo de licor pra misturar no chocolate, mas o maridão tem ignorado este meu pedido. Bom, depois de derreter o chocolate em banho maria e misturar o creme de leite (se eu fosse uma ditadora interplanetária, creme de leite e chocolate amargo seriam a base para 95% das receitas de sobremesa no mundo; os 5% restantes poderiam ser divididos entre quindins, tortas de morango, pudins de leite, e Patricia, te dedico, receitas com limão siciliano, porque eu sou assim, democrática, e deixo espaço até para aquel@s que não têm o meu bom gosto), é só ir molhando os biscoitos no leite, formando camadas, e intercalando essas
camadas com o leite condensado (com café) e o creme de leite com chocolate amargo. Dá umas vinte porções generosas. Serve uma pessoa. Infelizmente, o pavê já está chegando a sua reta final, mas graças a uma surpresa que recebi também na quinta (adianto com uma foto), e da qual falarei amanhã, minha páscoa terá muito chocolate. Estou negociando hora extra com meu fígado.
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