Um dia sem chuva em Visconde de Mauá no verão é algo praticamente impossível de acontecer.No início dos anos 80, para chegar àquele povoado localizado na divisa entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro era necessário encarar mais de 30 quilômetros de uma estrada de terra repleta de buracos do tamanho de um automóvel. E um garoto, ainda bem novo, passava todo o mês de janeiro por lá.
Um dia choveu mais que o normal. Pouco antes do almoço, uma correria para a sala. A pequena televisão, cheia de chuvisco e em preto e branco anunciava um plantão jornalístico. Seria mais alguma notícia de desabamento por conta das chuvas?
Elis Regina estava morta. O dia: 19 de janeiro de 1982.
A causa mortis ainda era desconhecida. E isso era o que menos importava. No dia seguinte, uma multidão acompanhou o féretro entre o Teatro Bandeirantes, onde Elis realizou alguns de seus shows mais memoráveis, até o túmulo 2.199, quadra 7, setor 5 do cemitério do Morumbi.
Elis Regina virava História. Era, afinal, a melhor cantora do Brasil em todos os tempos?
Para continuar lendo o artigo é de Luís Felipe Carneiro - Carta Capital
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