

Foi a Bárbara que me mandou este email fofo. Me chamando de barraqueira, eu acho. Brincadeira! Se "ser Lola" é reagir, eu fico feliz com o elogio. E até parece que eu aprendi a reagir faz tanto tempo assim! (menos de quatro anos; contei aqui). Parabéns e muitíssimo obrigada, querida!
Eu sou Bárbara e acompanho seu blog há alguns meses, leio diariamente. Antes de tudo quero te parabenizar pelos textos e pela sua posição em relação a nós, mulheres.
Outro dia me perguntaram quem eu gostaria de ser se não fosse eu. Nunca tive resposta pra essa pergunta

Então, ontem eu estava no ponto de ônibus esperando um amigo e sentou um cara do meu lado, um pouco mais velho que eu (tenho 21 anos, ele devia ter uns 35), o que não importa muito. Ele me perguntou onde parava um determinado ônibus e me chamou de princesa. Só respondi porque quando ele falou "princesa" eu já tava dando a informação. Foi o ódio número um.

Passado algum tempo ele falou alguma coisa, mas foi tão baixinho que nem deu pra confirmar minha suspeita de que era alguma coisa comigo. Depois ele falou novamente, mas num tom igualmente baixo e eu comecei a acreditar que ele realmente tava me falando aquelas cantadas bem nojentas e machistas, mas, como não ouvi direito, deixei passar. Pensei em ir sentar em outro lugar, mas eu tava ali antes dele, oras. Não ia sair mesmo.
Na terceira vez que ele falou entendi bem as grosserias que esses homens juram que gostamos de ouvir; meus ouvidos estavam preparados pra me dar provas do desrespeito. Foi aí que percebi que ele tava falando baixo pra que as muitas outras pessoas ali não ouvissem, somente eu. Fiz o cara

Ontem tive meu dia de Lola! Que orgulho!
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