(1) – "Nêga qui tu tem?
– Maribondo Sinhá!
– Nêga qui tu tem?
– Maribondo Sinhá!"
– do jongo do samba na onda que banza.
Desnalgamentos bamboleios sapateios, cirandeios,
cabindas cantando lundús das cubatas.
Patichoulli cipó-catinga priprioca,
baunilha pau-rosa orisa jasmim.
Gaforinhas riscadas abertas ao meio,
crioulas mulatas gente pixaim...
(1) – "Nêga qui tu tem?
– Maribondo Sinhá!
– Nêga qui tu tem?
– Maribondo Sinhá!"
Sudorâncias bunduns mesclam-se intoxicantes
no fartum dos suarentos corpos lisos lustrosos.
Ventres empinam-se no arrojo da umbigada,
as palmas batem o compasso da toada.
(2) – "Eu tava na minha roça
maribondo me mordeu!..."
Ó princesa Isabel! Patrocínio! Nabuco!
Visconde do Rio Branco!
Euzébio de Queiroz!
E o batuque batendo e a cantiga cantando
lembram na noite morna a tragédia da raça!
Mãe Preta deu sangue branco a muito "Sinhô moço"...
(3) – "Maribondo no meu corpo!
– Maribondo Sinhá.!"
Roupas de renda a lua lava no terreiro,
um cheiro forte de resinas mandingueiras
vem da floresta e entra nos corpos em requebros.
(1) – "Nêga qui tu tem?
– Maribondo num dêxa
– Nêga trabalhá!..."
E rola e ronda e ginga e tomba e funga e samba,
a onda que afunda na cadência sensual.
O batuque rebate rufando banseiros,
As carnes retremem na dança carnal!...
(3) – "Maribondo no meu corpo!
– Maribondo Sinhá!
– É por cima é por baxo!
– é por todo lugá!"
– Maribondo Sinhá!
– Nêga qui tu tem?
– Maribondo Sinhá!"
CANTIGA DE BATUQUE – (MOTIVO)RUFA o batuque na cadência alucinante
– do jongo do samba na onda que banza.
Desnalgamentos bamboleios sapateios, cirandeios,
cabindas cantando lundús das cubatas.
Patichoulli cipó-catinga priprioca,
baunilha pau-rosa orisa jasmim.
Gaforinhas riscadas abertas ao meio,
crioulas mulatas gente pixaim...
(1) – "Nêga qui tu tem?
– Maribondo Sinhá!
– Nêga qui tu tem?
– Maribondo Sinhá!"
Sudorâncias bunduns mesclam-se intoxicantes
no fartum dos suarentos corpos lisos lustrosos.
Ventres empinam-se no arrojo da umbigada,
as palmas batem o compasso da toada.
(2) – "Eu tava na minha roça
maribondo me mordeu!..."
Ó princesa Isabel! Patrocínio! Nabuco!
Visconde do Rio Branco!
Euzébio de Queiroz!
E o batuque batendo e a cantiga cantando
lembram na noite morna a tragédia da raça!
Mãe Preta deu sangue branco a muito "Sinhô moço"...
(3) – "Maribondo no meu corpo!
– Maribondo Sinhá.!"
Roupas de renda a lua lava no terreiro,
um cheiro forte de resinas mandingueiras
vem da floresta e entra nos corpos em requebros.
(1) – "Nêga qui tu tem?
– Maribondo num dêxa
– Nêga trabalhá!..."
E rola e ronda e ginga e tomba e funga e samba,
a onda que afunda na cadência sensual.
O batuque rebate rufando banseiros,
As carnes retremem na dança carnal!...
(3) – "Maribondo no meu corpo!
– Maribondo Sinhá!
– É por cima é por baxo!
– é por todo lugá!"
Bruno de Menezes, Batuque.
No comments:
Post a Comment