Monday, November 21, 2011

Senadora concede entrevista sobre representação política de mulheres e negros no Brasil

Senadora Marinor Brito com Maíra Taveira e Caroline Gorski 
A senadora Marinor Brito, líder do PSOL no senado federal, concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira (21), às pesquisadoras da Unicamp (Universidade de Campinas/SP) Caroline Gorski e Maíra Taveira que participam do projeto Representação Política, Gênero, Raça e Etnia: Condições, Obstáculos e Perspectivas no Brasil.
A entrevista foi concedida no escritório político da senadora em Belém e segundo as pesquisadoras é parte importante de um diagnóstico sobre a participação da mulher e negros na política representativa institucional e busca coletar dados e informações sobre a participação desses segmentos em processos eleitorais, representação político-parlamentar e no cotidiano das organizações partidárias.
Marinor Brito falou da sua trajetória político-sindical, tendo com referência de atuação as entidades estudantis e em seguida, as entidades sindicais que precederam a fundação do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp), em 1988, passando pela militância partidária e dos cargos eletivos que ocupou, entre eles, o de vereadora em Belém, entre 1997 a 2008. E atualmente como senadora da República pelo PSOL.
- Um momento importante, foi quando conquistamos a prefeitura de Belém, em 1996, como o Governo do Povo, do companheiro Edmilson Rodrigues, hoje deputado estadual pelo PSOL. Nossa gestão foi um momento de forte participação popular com democracia de massa, onde, o povo se apropriou de mecanismos de controle e elaboração de políticas públicas verdadeiramente comprometidas com o bem comum do povo. Foi neste período que foram criados uma série de conselhos municipais, geradores de políticas públicas e de defesa de minorias, como mulheres, negros, crianças, idosos, índios etc..,disse.
A senadora do PSOL também falou do legado construído a partir de 1996, Governo do Povo, entrada no PSOL, a partir de 2005 e a eleição, em 2010, como senadora da República.
- Somos de um setor importante da esquerda socialista brasileira. O PSOL se afirma cada vez mais como um partido necessário para a política nacional, com uma identidade fortemente vinculada à honestidade e combate a todo tipo de violência e de corrupção. É esse o nosso legado construído historicamente e que agora, nos cargos eletivos que ocupamos, se impõe com destacada visibilidade. Seja na Alepa, com o deputado Edmilson Rodrigues que se embate todos os dias no combate aos escândalos que enlameiam o parlamento do Pará. Em nível nacional, assumimos desde o início a luta pela aprovação da Lei da Ficha Limpa, que lutamos para fazer valer em 2010, mas que não vingou por decisão do STF e que continua ameaçada para 2012, por isso, incorporamos essa luta ao dia-a-dia do mandato no Senado, afirmou.
Sobre a atuação no senado federal, Marinor Brito, falou do importante espaço de luta e visibilidade para a mulher, embora, reconheça que os espaços legislativos ainda são majoritariamente ocupados pelos homens.
- Apesar de constituirmos 53% da população nacional nossa representação política está longe do ideal. Dos 513 deputados federais apenas 44 (9%) são mulheres. No Senado a situação é um pouco melhor e dos 81 integrantes apenas 12 são mulheres e o fato de termos uma mulher na presidência da República não altera significativamente esse quadro. Mas, o que nos interessa, os espaços políticos no Senado, estão sendo ocupados. Aprovei requerimento de criação da CPI do Tráfico de Pessoas, que está em pleno funcionamento, da qual sou relatora.
O projeto Representação Política, Gênero, Raça e Etnia: Condições, Obstáculos e Perspectivas no Brasil é desenvolvido pela Universidade de Campinas (Unicamp), junto ao UNIFEM, entidade das Nações Unidas (ONU) para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.

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