
No dia em que se comemora o Dia Internacional do Combate à Violência contra as Mulheres, 25 de novembro, última sexta-feira, a Polícia Civil do Estado do Pará divulgou uma estatística mais que preocupante: entre janeiro e outubro deste ano, foram mais de 5.500 atendimentos realizados na Delegacia da Mulher só na capital paraense. Os dados negativos não se restringem apenas a Belém. Um estudo divulgado nacionalmente também na semana passada feito pelo Instituto Avon, aponta que seis entre dez entrevistados conhecem uma mulher que já foi vítima de violência doméstica.
O machismo e o abuso de bebidas alcoólicas são sugeridos como as principais causas das agressões. Na Lei Maria da Penha muitos falaram durante as entrevistas, mas poucos conhecem de fato sua eficácia e aplicação. Nas regiões Norte e Centro Oeste, analisadas juntamente na pesquisa, 31% das mulheres aguentam a violência em casa porque temem pela criação dos filhos e outras 21% afirmam ter medo de serem mortas pelo cônjuge ao romper a relação.
Outras informações passadas pela Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), ligada à Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, dão conta de que também nos primeiros dez meses do ano, foram 530.542 ligações de todo o Brasil denunciando situações de violência. A maior parte tem entre 20 e 40 anos e convive com o agressor por dez anos ou mais – 74% dos crimes são cometidos por homens com quem a vítimas possuem vínculos afetivos e sexuais. Além disso, 66% dos filhos presenciam a violência e 20% sofrem violência junto com a mãe. Quando levada em consideração a população feminina por Estado a cada 100 mil mulheres, o Distrito Federal ocupa o primeiro lugar no ranking, com 792 atendimentos. Em segundo lugar está o Pará (767), seguido pela Bahia (754). Ainda de acordo com a Secretaria, de abril de 2006 a outubro de 2011, a Central de Atendimento registrou mais de dois milhões de atendimentos no país.
Fonte: ORM/Plantão
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