A senadora Marinor Brito, líder do PSOL no Senado Federal, representando a bancada do partido em reunião ocorrida na manhã desta terça-feira (29), com o presidente do Senado, José Sarney, votou contrário ao acordo para votação, em regime de urgência, do projeto de reforma do Código Florestal (PLC 30/2011), previsto para esta quarta-feira (30).
A senadora do Pará foi enfática em discursar em nome da bancada do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) no senado federal, deixando claro aos demais líderes que não concordava com o regime de urgência proposto e que manifestava voto contrário ao mesmo, pois, segundo Marinor Brito, não garante a discussão para uma matéria de extrema importância para o povo brasileiro.
- Fiz questão de vir a esta reunião, exercer meu direito de líder, de discordar do texto aprovado pelas comissões. O texto não responde aos interesses do povo brasileiro e sim dos grandes produtores, pecuaristas e o governo afirma essa conciliação quando mantém a política de isenção, de anistia e possibilita o desmatamento desenfreado. Digo mais, não concordo com o regime de prioridade, pois, hoje, já temos a melhor legislação ambiental do mundo, disse Marinor.
A agência Senado, na cobertura da reunião de líderes com o presidente do Senado, José Sarney, não registrou a manifestação contrária da líder do PSOL, senadora Marinor Brito, na referida reunião.
Para 85%, novo Código Florestal deve priorizar florestas e rios
Em sondagem de opinião realizada pelo Instituto de Pesquisas Datafolha, em junho passado, com o objetivo de avaliar o conhecimento e opinião da população sobre os temas abordados na proposta para o novo Código Florestal.
A sondagem de opinião foi encomendada pelas instituições Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Imaflora, Imazon, Instituto Socioambiental, SOS Mata Atlântica e WWF-Brasil. Foram realizadas 1286 entrevistas em todo o Brasil.
Na pergunta básica e introdutiva, 85% dos entrevistados declararam que concordam em se dar prioridade para a proteção das florestas (mesmo que isso limite a produção agropecuária) ao invés de prioridade para produção (mesmo que limite a proteção das florestas). O fato que houve expressiva cobertura midiática sobre a recente votação na Câmara dos Deputados fez com que quase dois terços da população declarem ter tomado conhecimento da votação, embora a parcela que se declara bem informada seja modesta, o que reflete a complexidade do tema.
Em geral, a pesquisa revela uma opinião pública com forte preocupação pela conservação das florestas, até mesmo quando esta é colocada como eventual fator limitante da produção agropecuária; dependendo das perguntas, a porcentagem dos brasileiros que discordam da proposta votada na Câmara dos Deputados varia entre 77% (a favor do adiamento do debate para ouvir a ciência) e 95% (que não aceitam manter as ocupações em Área de Preservação Permanente).
Com informações do Imazon - http://www.imazon.org.br e redação final da equipe do blog.
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