A senadora Marinor Brito, líder do PSOL no senado federal, participou neste sábado (19), no município de Terra-Alta (80 km de Belém) de debate sobre a divisão do Pará.
O debate foi organizado pelo PSOL local e contou com a presença de aproximadamente 60 lideranças comunitárias, servidores públicos, vereadores, juventude, trabalhadores da educação e ambientalistas.
Em seu discurso, a senadora da esquerda socialista brasileira deixou claro que o PSOL sempre se posicionou na defesa da realização do plebiscito como método soberano e democrático do povo decidir seus destinos, mas ponderou que o esquartejamento do Pará atende desejos particulares de setores da elite que sempre procuraram enriquecer ilicitamente as custas do povo.
Defensora no “NÃO”, ou seja, contrária a ideia de sepatismo, Marinor Brito, fez uma análise crítica sobre a divisão do Pará, a partir de vários estudos.
Márcio Veiga do PSOL de Terra-Alta e Senadora Marinor Brito |
Sobre a situação sócio-econômica dos paraenses, a senadora do PSOL afirmou que alguns dos piores indicadores sócio-econômicos do Brasil, estão concentrados no Pará com cerca de 700 mil analfabetos, o 4º Estado mais violento, o 2º pior saneamento e um déficit habitacional de mais de 320 mil unidades, o que representa a metade de toda região norte e ainda, infelizmente, detém o título de campeão do desmatamento e violência no campo.
- Conseqüência do abandono por sucessivos governos, o Pará ainda não conseguiu superar uma situação de completa calamidade em boa parte das cidades do Estado, em todas as regiões. Portanto, o abandono dos municípios do interior é um fato que ninguém ousa negar e isso, ao nosso modo de ver, não tem haver com o tamanho do território e sim, de como ele tem sido administrado nas últimas décadas, disse.
Segundo, Marinor, o Pará é um Estado rico, diverso em cultura com presença marcante nas manifestações esportivas e religiosas e um potencial econômico diferencial da grande maioria dos Estados da Federação, o que falta é a descentralização do poder administrativo, através da participação popular, combate a concentração de renda e à corrupção que infesta as estruturas arcaicas de poder há décadas.
- É a completa falência desse modelo de desenvolvimento das elites que sempre se utilizaram do poder e dos recursos do povo para seu próprio benefício, agora, parte dessa elite, resolveu dividir o Estado e assim ter cada uma delas, o seu próprio “Estado”, para seu uso-fruto. É só ver, abaixo, o “mapa” do esquartejamento que eles elaboraram, segundo seus interesses.
Onde ficaram as usinas hidrelétricas geradoras de energia, a diversidade da fauna e flora, as riquezas minerais, a pecuária, a agricultura de exportação? Portanto, meus companheiros e companheiras não dá para levar a sério essa ideia de separatismo, pois ela representa os interesses dessas elites insatisfeitas que agora se rebelaram e querem seu próprio Estado, disse.
O plebiscito que decidirá sobre a divisão ou não do Pará em mais duas unidades da federação ocorrerá no domingo, 11 de dezembro, das 08 às 17h00 em todas as secções eleitorais localizadas no território paraense e participam do pleito, os paraenses a partir dos 16 anos (opcional) e maiores de 18 anos portadores de títulos eleitoral.
O plebiscito que decidirá sobre a divisão ou não do Pará em mais duas unidades da federação ocorrerá no domingo, 11 de dezembro, das 08 às 17h00 em todas as secções eleitorais localizadas no território paraense e participam do pleito, os paraenses a partir dos 16 anos (opcional) e maiores de 18 anos portadores de títulos eleitoral.
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