Morre o ator e turismólogo Ivaldo Mafra Pinto
Natural da cidade de Viana, o artista morreu na tarde da última quarta-feira (4) no hospital municipal Djalma Marques, em São Luis, vítima de toxoplasmose; Mafra era um dos principais nomes da cultura vianense contemporânea e um grande entusiasta da Região dos Lagos
Por Fernando Atallaia
Da Agência Baluarte
O ator e turismólogo Ivaldo Mafra Pinto, morto na última quarta feira (4) sofreu as agruras e adversidades mais frementes de um cotidiano confinado ao ostracismo imposto pelos órgãos públicos e por determinados setores da sociedade. Mafra que teve passagens pelo teatro experimental do ABC Paulista na década de 90, era um exemplo de indignação e constante questionamento existencial, características que o puseram de alguma forma, na contramão da história feita por aqueles que figuram entre os mandões das iniciativas que podem ‘’contemplar’’ a arte e o turismo neste Estado.
Cada vez mais escassos, artistas como Ivaldo Mafra Pinto têm se ido, não raro, para uma realidade que beira o esquecimento e a ausência de contextualização histórico-cultural a partir de suas obras e posicionamentos originais. Mafra, assim como Gerô e Coxinho, sofreram para explicar à conjuntura sócio-política do Maranhão as lacunas e ingratidões perpetuadas pela ignorância dos que se regozijam no exercício do poder público às custas da lamúria dos excluídos. Este mesmo poder que se aproveita do testemunho de obstinação destes homens da cultura universal dita maranhense, aquela que se faz por crédito na espontaneidade e despretensão, na maioria das vezes sem nenhum recurso ou em parcas e paupérrimas condições de trabalho.
Ivaldo Mafra Pinto era de família humilde e residia na Vila Zizi em Viana. Sem espaço no governo municipal, era um artista independente, que pelas cidades que passava difundia a boa nova do amor ao próximo e o advento de uma cultura brasileira fincada na diversidade e no comprometido social e humanístico. Estão de luto a Cultura do Maranhão e em especial os artistas vianenses, que viam em Ivaldo Mafra uma representatividade presente e necessária. Algo que o prefeito Rilva Luis e seu secretariado fez questão de negar, esconder e hostilizar durante anos.
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